sábado, 12 de dezembro de 2009

3º DOMINGO DO TEMPO DO ADVENTO (ano C)



Leitura da Profecia de Sofonias
(Sof 3,14-18a)
Clama jubilosamente, filha de Sião; solta brados de alegria, Israel. Exulta, rejubila de todo o coração, filha de Jerusalém. O Senhor revogou a sentença que te condenava, afastou os teus inimigos. O Senhor, Rei de Israel, está no meio de ti e já não temerás nenhum mal. Naquele dia, dir-se-á a Jerusalém: «Não temas, Sião, não desfaleçam as tuas mãos. O Senhor teu Deus está no meio de ti, como poderoso salvador. Por causa de ti, Ele enche-Se de júbilo, renova-te com o seu amor, exulta de alegria por tua causa, como nos dias de festa».


SALMO RESPONSORIAL – Is 12,2-3.4bcd.5-6
Refrão: Exultai de alegria, porque é grande no meio de vós o Santo de Israel.

Deus é o meu Salvador,
tenho confiança e nada temo.
O Senhor é a minha força e o meu louvor.
Ele é a minha salvação.

Tirareis água com alegria das fontes da salvação.
Agradecei ao Senhor, invocai o seu nome;
anunciai aos povos a grandeza das suas obras,
proclamai a todos que o seu nome é santo.

Cantai ao Senhor, porque Ele fez maravilhas,
anunciai-as em toda a terra.
Entoai cânticos de alegria, habitantes de Sião,
porque é grande no meio de vós o Santo de Israel.


Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Filipenses
(Filip 4,4-7)
Irmãos: Alegrai-vos sempre no Senhor. Novamente vos digo: alegrai-vos. Seja de todos conhecida a vossa bondade. O Senhor está próximo. Não vos inquieteis com coisa alguma; mas em todas as circunstâncias, apresentai os vossos pedidos diante de Deus, com orações, súplicas e acções de graças. E a paz de Deus, que está acima de toda a inteligência, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus.


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
(Lc 3,10-18)
Naquele tempo, as multidões perguntavam a João Baptista: «Que devemos fazer?» Ele respondia-lhes: «Quem tiver duas túnicas reparta com quem não tem nenhuma; e quem tiver mantimentos faça o mesmo». Vieram também alguns publicanos para serem baptizados e disseram: «Mestre, que devemos fazer?» João respondeu-lhes: «Não pratiqueis violência com ninguém nem denuncieis injustamente; e contentai-vos com o vosso soldo». Como o povo estava na expectativa e todos pensavam em seus corações se João não seria o Messias, ele tomou a palavra e disse a todos: «Eu baptizo-vos com água, mas está a chegar quem é mais forte do que eu, e eu não sou digno de desatar as correias das suas sandálias. Ele baptizar-vos-á com o Espírito Santo e com o fogo. Tem na mão a pá para limpar a sua eira e recolherá o trigo no seu celeiro; a palha, porém, queimá-la-á num fogo que não se apaga». Assim, com estas e muitas outras exortações, João anunciava ao povo a Boa Nova».


QUE DEVEMOS FAZER?
Para ser felizes... para não desperdiçar a própria vida... que devemos fazer? É uma pergunta que, mais cedo ou mais tarde, todos nos colocamos. A resposta mais comum, mais “normal”, é aquela já escutada no tempo de Jesus e que ainda hoje não passou de moda: «Enriquece; diverte-te; acumula; mima-te com tudo de bom que a vida oferece. Coloca-te ao centro; defende a tua posição; vive para ti; persegue o teu prazer».

Muitas pessoas acreditam que esta seja a fórmula mágica para ser felizes; a receita que devemos seguir para uma vida de sucesso; uma vida que valha a pena ser vivida. Mas será verdade? São realmente estas as coisas que nos tornam felizes; que dão sentido à nossa vida? E se nos enganássemos? Se tivéssemos investido o nosso tempo, a nossa energia (a nossa vida) no projecto errado? E se todas estas coisas (dinheiro, fama, sexo, diversão...) fossem apenas uma distracção; um diversivo que procura esconder o vazio da nossa vida, mas que não consegue realmente saciar a nossa sede de felicidade?

É esta hipótese que leva as pessoas a interrogar João Baptista e a sua resposta é de uma simplicidade desarmante: «Partilha o que tens. Não roubes. Não sejas violento». Só isto? São estes os "grandes conselhos" do profeta do deserto? É tudo tão simples que quase nos desilude... Mas João tem razão: é nas coisas pequenas e simples que se manifesta a força de Deus. É no quotidiano, no dia-a-dia que a salvação se revela e que a felicidade se constrói. A que servem os raros grandes gestos heróicos se, habitualmente, vivemos vidas desinteressadas e egoístas? A que serve um mês de retiro em silêncio nalgum convento se normalmente nem cinco minutos encontramos para a oração?

Deus Pai não nos pede grandes gestos teatrais e espalhafatosos. Pede-nos perseverança; continuidade. Convida-nos a acolher o seu filho que dorme na manjedoura de um pequeno estábulo em Belém. E esta criança, tal como todos os recém-nascidos, não quer confusão e barulho, mas precisa diariamente de carinho e cuidados constantes.

(Tenham uma boa semana!)


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