quarta-feira, 17 de outubro de 2012

XXIX DOMINGO DO TEMPO COMUM (ano B)


Leitura do Livro de Isaías
(Is 53,10-11)
Aprouve ao Senhor esmagar o seu Servo pelo sofrimento. Mas, se oferecer a sua vida como vítima de expiação, terá uma descendência duradoira, viverá longos dias, e a obra do Senhor prosperará em suas mãos. Terminados os sofrimentos, verá a luz e ficará saciado. Pela sua sabedoria, o Justo, meu Servo, justificará a muitos e tomará sobre si as suas iniquidades.


SALMO RESPONSORIAL – Salmo 32 (33)
Refrão: Desça sobre nós a vossa misericórdia, porque em Vós esperamos, Senhor.

A palavra do Senhor é recta,
da fidelidade nascem as suas obras.
Ele ama a justiça e a rectidão:
a terra está cheia da bondade do senhor.

Os olhos do Senhor estão voltados para os que O temem,
para os que esperam na sua bondade,
para libertar da morte as suas almas
e os alimentar no tempo da fome.

A nossa alma espera o Senhor:
Ele é o nosso amparo e protector.
Venha sobre nós a vossa bondade,
porque em Vós esperamos, Senhor.

Leitura da Epístola aos Hebreus
(Heb 4,14-16)
Irmãos: Tendo nós um sumo sacerdote que penetrou os Céus, Jesus, Filho de Deus, permaneçamos firmes na profissão da nossa fé. Na verdade, nós não temos um sumo sacerdote incapaz de se compadecer das nossas fraquezas. Pelo contrário, Ele mesmo foi provado em tudo, à nossa semelhança, excepto no pecado. Vamos, portanto, cheios de confiança ao trono da graça, a fim de alcançarmos misericórdia e obtermos a graça de um auxílio oportuno.


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
(Mc 10,35-45)
Naquele tempo, Tiago e João, filhos de Zebedeu, aproximaram-se de Jesus e disseram-Lhe: «Mestre, nós queremos que nos faças o que Te vamos pedir». Jesus respondeu-lhes: «Que quereis que vos faça?» Eles responderam: «Concede-nos que, na tua glória, nos sentemos um à tua direita e outro à tua esquerda». Disse-lhes Jesus: «Não sabeis o que pedis. Podeis beber o cálice que Eu vou beber e receber o baptismo com que Eu vou ser baptizado?» Eles responderam-Lhe: «Podemos». Então Jesus disse-lhes: «Bebereis o cálice que Eu vou beber e sereis baptizados com o baptismo com que Eu vou ser baptizado. Mas sentar-se à minha direita ou à minha esquerda não Me pertence a Mim concedê-lo; é para aqueles a quem está reservado». Os outros dez, ouvindo isto, começaram a indignar-se contra Tiago e João. Jesus chamou-os e disse-lhes: «Sabeis que os que são considerados como chefes das nações exercem domínio sobre elas e os grandes fazem sentir sobre elas o seu poder. Não deve ser assim entre vós: Quem entre vós quiser tornar-se grande, será vosso servo, e quem quiser entre vós ser o primeiro, será escravo de todos; porque o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida pela redenção de todos».


BOA NOTÍCIA
Quem é o maior? (2º parte)
Há um mês atrás “encontrámos” os apóstolos a discutir sobre quem seria o maior. No evangelho do próximo domingo, dia 21, este tema repropõe-se: João e Tiago pedem a Jesus um lugar de destaque no novo Reino: «Concede-nos que, na tua glória, nos sentemos um à tua direita e outro à tua esquerda». Estes dois irmãos terão de purificar (e muito!) a própria visão do Reino de Deus… mas a História da Igreja reserva-lhes realmente um lugar de destaque. Ora vejamos:

Tiago (mais tarde conhecido como Tiago Maior, Santiago de Compostela, ou São Tiago, o Grande) é um dos primeiros mártires cristãos, condenado à morte por Herodes Agripa I e decapitado em Jerusalém por volta do ano 44.

João (ou São João Evangelista, ou Apóstolo João), depois da morte do seu irmão, viaja para a Ásia menor e guia por muitos anos a importante comunidade cristã de Éfeso. Além de um Evangelho, escreve três epístolas e o livro do Apocalipse. Conhece a prisão, a tortura e o exílio, mas nunca renuncia ao anúncio da Boa Nova.

Por volta do ano 55, na sua carta aos Gálatas, S. Paulo refere-se a Tiago e a João como a duas “colunas” da Igreja. É uma expressão curiosa: será que os irmãos alcançaram o que haviam pedido a Jesus? Mas o relato das suas vidas testemunha que estas “colunas” não eram chefes tiranos e prepotentes. Este dois santos deixaram-se purificar pelo exemplo de Cristo e hoje recordam-nos que a autoridade na Igreja não é determinada pela riqueza ou influência política, mas sim, pela capacidade de dedicar-se aos outros e de testemunhar o Evangelho. Eles recordam-nos que a verdadeira grandeza não está no ser servido, mas sim, no servir os outros.

P. Carlos Caetano

in LusoJornal 17.10.2012


.

1 comentário:

Xanda disse...

Para que cada um de nós se deixe purificar pelo exemplo de Jesus Cristo para que o serviço aos outros, que é o testemunho vivo do Evangelho, esteja presente lá fora no nosso trabalho concreto! O meu é vivido numa escola o do padre Carlos, numa parte importantíssima é vivido neste nosso encontro de quarta-feira! Obrigada por aceitar pôr-se ao nosso serviço! Receba uma brisa do mar aqui da Costa da Caparica.

Arquivo do blogue