quarta-feira, 7 de maio de 2014

4º DOMINGO DE PÁSCOA (ano A)

Leitura dos Actos dos Apóstolos
(Act 2,14a.36-41)
No dia de Pentecostes, Pedro, de pé, com os onze Apóstolos, ergueu a voz e falou ao povo: «Saiba com absoluta certeza toda a casa de Israel que Deus fez Senhor e Messias esse Jesus que vós crucificastes». Ouvindo isto, sentiram todos o coração trespassado e perguntaram a Pedro e aos outros Apóstolos: «Que havemos de fazer, irmãos?» Pedro respondeu lhes: «Convertei-vos e peça cada um de vós o Baptismo em nome de Jesus Cristo, para vos serem perdoados os pecados. Recebereis então o dom do Espírito Santo, porque a promessa desse dom é para vós, para os vossos filhos e para quantos, de longe, ouvirem o apelo do Senhor nosso Deus». E com muitas outras palavras os persuadia e exortava, dizendo: «Salvai-vos desta geração perversa». Os que aceitaram as palavras de Pedro receberam o Baptismo, e naquele dia juntaram-se aos discípulos cerca de três mil pessoas.


SALMO RESPONSORIAL – Salmo 22 (23)
Refrão: O Senhor é meu pastor: nada me faltará.

O Senhor é meu pastor: nada me falta.
Leva-me a descansar em verdes prados,
conduz-me às águas refrescantes
e reconforta a minha alma.

Ele me guia por sendas direitas por amor do seu nome.
Ainda que tenha de andar por vales tenebrosos,
não temerei nenhum mal, porque Vós estais comigo
o vosso cajado e o vosso báculo me enchem de confiança.

Para mim preparais a mesa
à vista dos meus adversários;
com óleo me perfumais a cabeça
e o meu cálice transborda.

A bondade e a graça hão de acompanhar-me
todos os dias da minha vida,
e habitarei na casa do Senhor
para todo o sempre.


Leitura da Primeira Epístola de São Pedro
(1 Pe 2,20b-25)
Caríssimos: Se vós, fazendo o bem, suportais o sofrimento com paciência, isto é uma graça aos olhos de Deus. Para isto é que fostes chamados, porque Cristo sofreu também por vós, deixando-vos o exemplo, para que sigais os seus passos. Ele não cometeu pecado algum e na sua boca não se encontrou mentira. Insultado, não pagava com injúrias; maltratado, não respondia com ameaças; mas entregava-Se Àquele que julga com justiça. Ele suportou os nossos pecados no seu Corpo, no madeiro da cruz, a fim de que, mortos para o pecado, vivamos para a justiça: pelas suas chagas fomos curados. Vós éreis como ovelhas desgarradas, mas agora voltastes para o pastor e guarda das vossas almas.


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
(Jo 10,1-10)
Naquele tempo, disse Jesus: «Em verdade, em verdade vos digo: Aquele que não entra no aprisco das ovelhas pela porta, mas entra por outro lado, é ladrão e salteador. Mas aquele que entra pela porta é o pastor das ovelhas. O porteiro abre-lhe a porta e as ovelhas conhecem a sua voz. Ele chama cada uma delas pelo seu nome e leva-as para fora. Depois de ter feito sair todas as que lhe pertencem, caminha à sua frente e as ovelhas seguem-no, porque conhecem a sua voz. Se for um estranho, não o seguem, mas fogem dele, porque não conhecem a voz dos estranhos». Jesus apresentou-lhes esta comparação, mas eles não compreenderam o que queria dizer. Jesus continuou: «Em verdade, em verdade vos digo: Eu sou a porta das ovelhas. Aqueles que vieram antes de Mim são ladrões e salteadores, mas as ovelhas não os escutaram. Eu sou a porta. Quem entrar por Mim será salvo: é como a ovelha que entra e sai do aprisco e encontra pastagem. O ladrão não vem senão para roubar, matar e destruir. Eu vim para que as minhas ovelhas tenham vida e a tenham em abundância».


BOA NOTÍCIA
A voz do Pastor
O próximo domingo (o 4º do tempo Pascal) é chamado “Domingo do Bom Pastor” pois a liturgia propõe-nos, todos os anos, um trecho diferente do 10º capítulo do Evangelho de S. João, onde Jesus se apresenta com esse título. Jesus é o Bom Pastor e «as ovelhas seguem-no, porque conhecem a sua voz». Este domingo corresponde também ao Dia Mundial de Oração pelas Vocações: somos convidados a rezar pelos sacerdotes e por todos aqueles que se interrogam sobre a própria vocação sacerdotal. Somos convidados a rezar pelos jovens que procuram escutar a voz do Pastor…

Também eu, antes de entrar no seminário, pedi a Deus a graça de reconhecer a Sua voz. Aliás, queria que Ele me falasse claramente, com uma voz que eu pudesse escutar. No fundo, não achava que fosse pedir muito: se era verdade o que eu suspeitava, Ele estava a pedir muito mais! Convidava-me a renunciar a tudo para O seguir!

Mas tal como não há pior cego do que aquele que não quer ver, também não há pior surdo do que aquele que não quer escutar... Seguiram-se dias de um silêncio ensurdecedor. Porquê? Porque os meus medos tinham-me tornado surdo. No fundo, temia o Seu convite e por isso fingia não ouvir. Quando finalmente decidi confiar no Senhor, quando me coloquei nas suas mãos, foi nessa altura que o silêncio se quebrou e a Sua voz ressoou bem clara no meu coração.

Conheço vários jovens que andam à procura da "voz do Pastor". No próximo domingo, Dia Mundial de Oração pelas Vocações, convido-vos a rezar por eles:
Para que não tenham medo de confiar no Senhor.
Para que digam “sim” ao Seu convite com alegria, coragem e generosidade.
Para que consigam ser, neste mundo, sinal do Amor do Pai. (Amen.)

P. Carlos Caetano
in LusoJornal 07.05.2014


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