quarta-feira, 1 de abril de 2015

DOMINGO DE PÁSCOA (ano B)

Leitura dos Actos dos Apóstolos
(Act 10,34.37-43)
Naqueles dias, Pedro tomou a palavra e disse: «Vós sabeis o que aconteceu em toda a Judeia, a começar pela Galileia, depois do baptismo que João pregou: Deus ungiu com a força do Espírito Santo a Jesus de Nazaré, que passou fazendo o bem e curando a todos os que eram oprimidos pelo Demónio, porque Deus estava com Ele. Nós somos testemunhas de tudo o que Ele fez no país dos judeus e em Jerusalém; e eles mataram-n’O, suspendendo-O na cruz. Deus ressuscitou-O ao terceiro dia e permitiu-Lhe manifestar-Se, não a todo o povo, mas às testemunhas de antemão designadas por Deus, a nós que comemos e bebemos com Ele, depois de ter ressuscitado dos mortos. Jesus mandou-nos pregar ao povo e testemunhar que Ele foi constituído por Deus juiz dos vivos e dos mortos. É d’Ele que todos os profetas dão o seguinte testemunho: quem acredita n’Ele recebe pelo seu nome a remissão dos pecados.


SALMO RESPONSORIAL – Salmo 117 (118)
Refrão: Este é o dia que o Senhor fez: exultemos e cantemos de alegria.

Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom,
porque é eterna a sua misericórdia.
Diga a casa de Israel:
é eterna a sua misericórdia.

A mão do Senhor fez prodígios,
a mão do Senhor foi magnífica.
Não morrerei, mas hei-de viver
para anunciar as obras do Senhor.

A pedra que os construtores rejeitaram
tornou-se pedra angular.
Tudo isto veio do Senhor:
é admirável aos nossos olhos.


Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Colossenses
(Col 3,1-4)
Irmãos: Se ressuscitastes com Cristo, aspirai às coisas do alto, onde está Cristo, sentado à direita de Deus. Afeiçoai-vos às coisas do alto e não às da terra. Porque vós morrestes e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus. Quando Cristo, que é a vossa vida, Se manifestar, também vós vos haveis de manifestar com Ele na glória.


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
(Jo 20,1-9)
No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi de manhãzinha, ainda escuro, ao sepulcro e viu a pedra retirada do sepulcro. Correu então e foi ter com Simão Pedro e com o discípulo predilecto de Jesus e disse-lhes: «Levaram o Senhor do sepulcro e não sabemos onde O puseram». Pedro partiu com o outro discípulo e foram ambos ao sepulcro. Corriam os dois juntos, mas o outro discípulo antecipou-se, correndo mais depressa do que Pedro, e chegou primeiro ao sepulcro. Debruçando-se, viu as ligaduras no chão, mas não entrou. Entretanto, chegou também Simão Pedro, que o seguira. Entrou no sepulcro e viu as ligaduras no chão e o sudário que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não com as ligaduras, mas enrolado à parte. Entrou também o outro discípulo que chegara primeiro ao sepulcro: viu e acreditou. Na verdade, ainda não tinham entendido a Escritura, segundo a qual Jesus devia ressuscitar dos mortos.


BOA NOTÍCIA
O sepulcro vazio
Durante semanas meditámos parábolas e ensinamentos de Jesus, mas no próximo domingo, Domingo de Páscoa, é-nos proposto um texto onde Jesus não fala, não aparece, não está presente. Somos confrontados com a realidade do sepulcro vazio e convidados a dar aquele último salto (de fé) necessário para nos reconhecermos como cristãos.

O que significa o sepulcro vazio? Os soldados que o guardavam não viram ninguém roubar o corpo... Os panos de linho e o sudário foram deixados no chão (se eram ladrões, qual o interesse em desnudar o cadáver?)... Mas o que realmente nos deve inquietar é o comportamento dos apóstolos.

A Bíblia conta-nos que apenas um discípulo e algumas mulheres estiveram presentes no momento da crucifixão: os restantes apóstolos, vencidos pelo medo, preferiram esconder-se e nem sequer presenciaram o momento da morte de Jesus. Mas a uma certa altura, eis que algo muda. Os apóstolos saem para a rua. Sem medo! E anunciam a todos que Jesus não está morto, ressuscitou! Estes homens, fracos e cobardes, transformam-se em testemunhas corajosas e destemidas. Enfrentam prisões, torturas e até a morte, mas não retractam o próprio anúncio e não calam a própria voz. «Jesus é o Messias! Não está morto. Ressuscitou!».

A ressurreição permanecerá sempre uma questão de fé. Mas não podemos negar que, após inúmeras provas de fragilidade e cobardia, algo (ou alguém) alterou profundamente a vida dos apóstolos, transformando-os nos maiores missionários que o mundo conheceu até hoje. Como podemos explicar esta transformação radical? O que será que lhes aconteceu? Quem será que viram? O que é que vocês acham?

P. Carlos Caetano
in LusoJornal 01.04.2015



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1 comentário:

Unknown disse...

Séria possivel receber as liturgias dos domingos 26/04 e 03/05 antes do 14/04?
Obrigado
Um abraço

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