quarta-feira, 10 de junho de 2015

11º DOMINGO DO TEMPO COMUM (ano B)

Leitura da profecia de Ezequiel
(Ez 17,22-24)
Eis o que diz o Senhor Deus: «Do cimo do cedro frondoso, dos seus ramos mais altos, Eu próprio arrancarei um ramo novo e vou plantá-lo num monte muito alto. Na excelsa montanha de Israel o plantarei e ele lançará ramos e dará frutos e tornar-se-á um cedro majestoso. Nele farão ninho todas as aves, toda a espécie de pássaros habitará à sombra dos seus ramos. E todas as árvores do campo hão-de saber que Eu sou o Senhor; humilho a árvore elevada e elevo a árvore modesta, faço secar a árvore verde e reverdeço a árvore seca. Eu, o Senhor, digo e faço».


SALMO RESPONSORIAL Salmo 91 (92), 2-3.13-14.15-16
Refrão: É bom louvar-Vos, Senhor.

É bom louvar o Senhor
e cantar salmos ao vosso nome, ó Altíssimo,
proclamar pela manhã a vossa bondade
e durante a noite a vossa fidelidade.

O justo florescerá como a palmeira,
crescerá como o cedro do Líbano;
plantado na casa do Senhor,
florescerá nos átrios do nosso Deus.

Mesmo na velhice dará o seu fruto,
cheio de seiva e de vigor,
para proclamar que o Senhor é justo:
n’Ele, que é o meu refúgio, não há iniquidade.


Leitura da Segunda Epístola do apóstolo S. Paulo aos Coríntios
(2 Cor 5,6-10)
Irmãos: Nós estamos sempre cheios de confiança, sabendo que, enquanto habitarmos neste corpo, vivemos como exilados, longe do Senhor, pois caminhamos à luz da fé e não da visão clara. E com esta confiança, preferíamos exilar-nos do corpo, para irmos habitar junto do Senhor. Por isso nos empenhamos em ser-Lhe agradáveis, quer continuemos a habitar no corpo, quer tenhamos de sair dele. Todos nós devemos comparecer perante o tribunal de Cristo, para que receba cada qual o que tiver merecido, enquanto esteve no corpo, quer o bem, quer o mal.


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
(Mc 4,26-34)
Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «O reino de Deus é como um homem que lançou a semente à terra. Dorme e levanta-se, noite e dia, enquanto a semente germina e cresce, sem ele saber como. A terra produz por si, primeiro a planta, depois a espiga, por fim o trigo maduro na espiga. E quando o trigo o permite, logo se mete a foice, porque já chegou o tempo da colheita». Jesus dizia ainda: «A que havemos de comparar o reino de Deus? Em que parábola o havemos de apresentar? É como um grão de mostarda, que, ao ser semeado na terra, é a menor de todas as sementes que há sobre a terra; mas, depois de semeado, começa a crescer e torna-se a maior de todas as plantas da horta, estendendo de tal forma os seus ramos que as aves do céu podem abrigar-se à sua sombra». Jesus pregava-lhes a palavra de Deus com muitas parábolas como estas, conforme eram capazes de entender. E não lhes falava senão em parábolas; mas, em particular, tudo explicava aos seus discípulos.


BOA NOTÍCIA
As árvores do futuro estão nas sementes de hoje
“Parábola” vem do grego “parabolé”, que significa “comparação” e é o termo que utilizamos para definir aquelas pequenas histórias, geralmente extraídas da vida quotidiana, onde, por meio de uma comparação, o ouvinte é convidado a descobrir uma verdade ou razão moral. «A que havemos de comparar o reino de Deus? Em que parábola o havemos de apresentar?» É com esta pergunta (que encontramos no evangelho do próximo domingo, dia 14) que Jesus introduz duas das suas parábolas mais famosas.

A primeira é a do grão que germina e cresce por si só. A questão essencial não é o que o agricultor faz, mas o dinamismo vital da semente. Jesus ensina-nos que o Reino de Deus (a semente) é uma iniciativa divina e que o resultado final não depende (só) dos esforços ou da habilidade do homem.

A segunda parábola é a do grão de mostarda, onde Jesus propõe o contraste entre a pequenez da semente (um diâmetro aproximado de 1,6 milímetros) e a grandeza da árvore (pode atingir uma altura de 4 metros). Esta comparação sugere-nos que a semente do Reino (que pode parecer uma realidade pequena e insignificante) está destinada a crescer e a alcançar todos os cantos do mundo.

Estas parábolas propõem-nos ainda uma outra reflexão: Deus serve-Se de algo que é pequeno e insignificante aos olhos do mundo para concretizar os seus projectos de salvação e de graça em favor dos homens. As duas parábolas são um convite à esperança, à confiança e à paciência. Nos factos aparentemente irrelevantes, na simplicidade e normalidade de cada dia, na insignificância dos meios… é aí que se esconde o dinamismo de Deus!

P. Carlos Caetano
in LusoJornal 10.06.2015



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