quarta-feira, 16 de abril de 2014

DOMINGO DE PÁSCOA (ano A)

Leitura dos Actos dos Apóstolos
(Act 10,34.37-43)
Naqueles dias, Pedro tomou a palavra e disse: «Vós sabeis o que aconteceu em toda a Judeia, a começar pela Galileia, depois do baptismo que João pregou: Deus ungiu com a força do Espírito Santo a Jesus de Nazaré, que passou fazendo o bem e curando a todos os que eram oprimidos pelo Demónio, porque Deus estava com Ele. Nós somos testemunhas de tudo o que Ele fez no país dos judeus e em Jerusalém; e eles mataram-n’O, suspendendo-O na cruz. Deus ressuscitou-O ao terceiro dia e permitiu-Lhe manifestar-Se, não a todo o povo, mas às testemunhas de antemão designadas por Deus, a nós que comemos e bebemos com Ele, depois de ter ressuscitado dos mortos. Jesus mandou-nos pregar ao povo e testemunhar que Ele foi constituído por Deus juiz dos vivos e dos mortos. É d’Ele que todos os profetas dão o seguinte testemunho: quem acredita n’Ele recebe pelo seu nome a remissão dos pecados.


SALMO RESPONSORIAL – Salmo 117 (118)
Refrão: Este é o dia que o Senhor fez: exultemos e cantemos de alegria.

Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom,
porque é eterna a sua misericórdia.
Diga a casa de Israel:
é eterna a sua misericórdia.

A mão do Senhor fez prodígios,
a mão do Senhor foi magnífica.
Não morrerei, mas hei-de viver
para anunciar as obras do Senhor.

A pedra que os construtores rejeitaram
tornou-se pedra angular.
Tudo isto veio do Senhor:
é admirável aos nossos olhos.


Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Colossenses
(Col 3,1-4)
Irmãos: Se ressuscitastes com Cristo, aspirai às coisas do alto, onde está Cristo, sentado à direita de Deus. Afeiçoai-vos às coisas do alto e não às da terra. Porque vós morrestes e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus. Quando Cristo, que é a vossa vida, Se manifestar, também vós vos haveis de manifestar com Ele na glória.


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
(Jo 20,1-9)
No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi de manhãzinha, ainda escuro, ao sepulcro e viu a pedra retirada do sepulcro. Correu então e foi ter com Simão Pedro e com o discípulo predilecto de Jesus e disse-lhes: «Levaram o Senhor do sepulcro e não sabemos onde O puseram». Pedro partiu com o outro discípulo e foram ambos ao sepulcro. Corriam os dois juntos, mas o outro discípulo antecipou-se, correndo mais depressa do que Pedro, e chegou primeiro ao sepulcro. Debruçando-se, viu as ligaduras no chão, mas não entrou. Entretanto, chegou também Simão Pedro, que o seguira. Entrou no sepulcro e viu as ligaduras no chão e o sudário que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não com as ligaduras, mas enrolado à parte. Entrou também o outro discípulo que chegara primeiro ao sepulcro: viu e acreditou. Na verdade, ainda não tinham entendido a Escritura, segundo a qual Jesus devia ressuscitar dos mortos.


BOA NOTÍCIA
Cristo ressuscitou!
Quando há 123 semanas comecei a minha colaboração com o LusoJornal, sugeri para esta rubrica o título de “boa notícia” e as motivações são evidentes: por um lado é o significado literal da palavra “Evangelho”, por outro, esta coluna é publicada semanalmente num jornal de notícias. Algumas são boas, outras são más… mas a melhor (a “Boa” notícia em absoluto) é a que escutaremos no Evangelho do próximo domingo (domingo de Páscoa): Cristo ressuscitou!

Mas é realmente a “melhor” notícia? Tudo depende do significado que atribuímos à Ressurreição: se se trata apenas do relato da reanimação de um cadáver, não deixa de ser um acontecimento extraordinário e insólito, no entanto sem relevância para a minha vida. É Páscoa mas a mim, que me importa?!

O que significa a Ressurreição?
O sepulcro vazio, o sudário e as ligaduras no chão confirmam as palavras de Pedro: «Deus ressuscitou Jesus, libertando-O dos grilhões da morte, pois não era possível que ficasse sob o domínio da morte» (At 2,24). A vitória definitiva sobre a morte revela-O Senhor absoluto e incontestado da Realidade, o grande mistério que funda as questões de todos os homens.

A Sua ressurreição qualifica a nossa vida e permite-nos construir com renovada confiança o nosso amanhã, sem que isso desvalorize o dia de hoje. O Ressuscitado dá sentido à vida, coloca-nos nas mãos de Deus e transforma até a noção do tempo: o passado não é memória angustiante, mas passagem (“Páscoa”) necessária para novas conquistas; o futuro não é uma incógnita, mas um horizonte luminoso que nos aguarda de braços abertos; o presente não é um instante fugaz, mas mais um passo dado num Caminho de fé e esperança.

P. Carlos Caetano
in LusoJornal 16.04.2014



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1 comentário:

Rui Pedro disse...

O futuro não é uma incógnita, mas um horizonte luminoso que nos aguarda de braços abertos. Feliz Páscoa em Cristo, para ti: amigo Carlos.

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