sexta-feira, 14 de abril de 2023

2º DOMINGO DA PÁSCOA ou da Divina Misericórdia - ANO A

Leitura dos Actos dos Apóstolos
(Act 2, 42-47)
Os irmãos eram assíduos ao ensino dos Apóstolos, à comunhão fraterna, à fracção do pão e às orações. Perante os inumeráveis prodígios e milagres realizados pelos Apóstolos, toda a gente se enchia de temor. Todos os que haviam abraçado a fé viviam unidos e tinham tudo em comum. Vendiam propriedades e bens e distribuíam o dinheiro por todos, conforme as necessidades de cada um. Todos os dias frequentavam o templo, como se tivessem uma só alma, e partiam o pão em suas casas; tomavam o alimento com alegria e simplicidade de coração, louvando a Deus e gozando da simpatia de todo o povo. E o Senhor aumentava todos os dias o número dos que deviam salvar-se.
 
 
SALMO RESPONSORIAL – Salmo 117 (118)
Refrão: Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom, porque é eterna a sua misericórdia.
 
Diga a casa de Israel:
é eterna a sua misericórdia.
Diga a casa de Aarão:
é eterna a sua misericórdia.
Digam os que temem o Senhor:
é eterna a sua misericórdia.
 
A mão do Senhor fez prodígios,
A mão do Senhor foi magnífica.
Não morrerei, mas hei-de viver,
para anunciar as obras do Senhor.
Com dureza me castigou o Senhor,
mas não me deixou morrer.
 
A pedra que os construtores rejeitaram
tornou-se pedra angular.
Tudo isto veio do Senhor:
é admirável aos nossos olhos.
Este é o dia que o Senhor fez:
exultemos e cantemos de alegria.
 
 
Leitura da Primeira Epístola de São Pedro
(1 Pe 1, 3-9)
Bendito seja Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, que, na sua grande misericórdia, nos fez renascer, pela ressurreição de Jesus Cristo de entre os mortos, para uma esperança viva, para uma herança que não se corrompe, nem se mancha, nem desaparece. Esta herança está reservada nos Céus para vós que pelo poder de Deus sois guardados, mediante a fé, para a salvação que se vai revelar nos últimos tempos. Isto vos enche de alegria, embora vos seja preciso ainda, por pouco tempo, passar por diversas provações, para que a prova a que é submetida a vossa fé – muito mais preciosa que o ouro perecível, que se prova pelo fogo – seja digna de louvor, glória e honra, quando Jesus Cristo Se manifestar. Sem O terdes visto, vós O amais; sem O ver ainda, acreditais n’Ele. E isto é para vós fonte de uma alegria inefável e gloriosa, porque conseguis o fim da vossa fé: a salvação das vossas almas.
 
 
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
(Jo 20,19-31)
Na tarde daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas as portas da casa onde os discípulos se encontravam, com medo dos judeus, veio Jesus, colocou-Se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco». Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos ficaram cheios de alegria ao verem o Senhor. Jesus disse-lhes de novo: «A paz esteja convosco. Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós». Dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebei o Espírito Santo: àqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhe-ão perdoados; e àqueles a quem os retiverdes serão retidos». Tomé, um dos Doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus. Disseram-lhe os outros discípulos: «Vimos o Senhor». Mas ele respondeu-lhes: «Se não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, se não meter o dedo no lugar dos cravos e a mão no seu lado, não acreditarei». Oito dias depois, estavam os discípulos outra vez em casa, e Tomé com eles. Veio Jesus, estando as portas fechadas, apresentou-Se no meio deles e disse: «A paz esteja convosco». Depois disse a Tomé: «Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos; aproxima a tua mão e mete-a no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente». Tomé respondeu-Lhe: «Meu Senhor e meu Deus!» Disse-lhe Jesus: «Porque Me viste acreditaste: felizes os que acreditam sem terem visto». Muitos outros milagres fez Jesus na presença dos seus discípulos, que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram escritos para acreditardes que Jesus é o Messias, o Filho de Deus, e para que, acreditando, tenhais a vida em seu nome.
 
 
BOA NOTÍCIA
misericórdia
Ao longo dos séculos o Domingo após a Páscoa conheceu muitos nomes…
O título “Festa de Quasímodo” (que a alguns recordará o trágico personagem criado por Victor Hugo) evocava as primeiras palavras latinas da antífona de entrada daquele dia: Quasi modo geniti infantes… («Como crianças recém-nascidas…»).
 
Muitos ainda se referem a este dia como “Domingo in Albis”, porque antigamente os adultos baptizados durante a Vigília Pascal, apresentavam-se ao bispo, uma semana depois, com as suas vestes cândidas – in albis vestibus – para mostrarem que se esforçavam por viver/manter a pureza recebida no baptismo.
 
Há várias outras denominações (Domingo da Oitava de Páscoa, Pascoela, Domingo de São Tomé, etc.) mas a mais recente tem apenas vinte e três anos: Domingo da Divina Misericórdia. Durante o grande jubileu do ano 2000, o Papa João Paulo II instituiu a festa da Divina Misericórdia, após a canonização da freira e mística polaca Santa Faustina Kowalska.
 
Nas palavras da própria santa: «o amor de Deus é a flor e a misericórdia é o fruto»! Mas esta devoção não se explica apenas com os textos e a vida de Faustina, a “apóstola da Divina Misericórdia”. Ela encontra a sua raiz no Novo Testamento, tal como nos recorda a primeira epístola de São Pedro: «Bendito seja Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, que, na sua grande misericórdia, nos fez renascer, pela ressurreição de Jesus Cristo de entre os mortos, para uma esperança viva, para uma herança que não se corrompe, nem se mancha, nem desaparece».
 
Contudo, não nos esqueçamos: qual é a melhor maneira de louvar a misericórdia de Deus? Testemunhando-a aos irmãos!
 
P. Carlos Caetano
in LusoJornal 2023.04.14 



 
 

1 comentário:

Anónimo disse...

Grata pela partilha pr.Carlos o Senhor te abençoe. Bjs.bom.fim de semana.

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