sábado, 2 de maio de 2009

4º DOMINGO DA PÁSCOA (ano B)



Leitura dos Actos dos Apóstolos
(Act 4,8-12)
Naqueles dias, Pedro, cheio do Espírito Santo, disse-lhes: «Chefes do povo e anciãos, já que hoje somos interrogados sobre um benefício feito a um enfermo e o modo como ele foi curado, ficai sabendo todos vós e todo o povo de Israel: É em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, que vós crucificastes e Deus ressuscitou dos mortos, é por Ele que este homem se encontra perfeitamente curado na vossa presença. Jesus é a pedra que vós, os construtores, desprezastes e que veio a tornar-se pedra angular. E em nenhum outro há salvação, pois não existe debaixo do céu outro nome, dado aos homens, pelo qual possamos ser salvos».


SALMO RESPONSORIAL – Salmo 117 (118)

Refrão: A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se pedra angular.

Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom,
porque é eterna a sua misericórdia.
Mais vale refugiar-se no Senhor,
do que fiar-se nos homens.
Mais vale refugiar-se no Senhor,
do que fiar-se nos poderosos.

Eu Vos darei graças porque me ouvistes
e fostes o meu Salvador.
A pedra que os construtores rejeitaram
tornou-se pedra angular.
Tudo isto veio do Senhor:
é admirável aos nossos olhos.

Bendito o que vem em nome do Senhor,
da casa do Senhor nós vos bendizemos.
Vós sois o meu Deus: eu Vos darei graças.
Vós sois o meu Deus: eu Vos exaltarei.
Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom,
porque é eterna a sua misericórdia.


Leitura da Primeira Epístola de São João
(1 Jo 3,1-2)
Caríssimos: Vede que admirável amor o Pai nos consagrou em nos chamarmos filhos de Deus. E somo-lo de facto. Se o mundo não nos conhece, é porque não O conheceu a Ele. Caríssimos, agora somos filhos de Deus e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, na altura em que se manifestar, seremos semelhantes a Deus, porque O veremos tal como Ele é.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
(Jo 10,11-18)
Naquele tempo, disse Jesus. «Eu sou o Bom Pastor. O bom pastor dá a vida pelas suas ovelhas. O mercenário, como não é pastor, nem são suas as ovelhas, logo que vê vir o lobo, deixa as ovelhas e foge, enquanto o lobo as arrebata e dispersa. O mercenário não se preocupa com as ovelhas. Eu sou o Bom Pastor: conheço as minhas ovelhas e as minhas ovelhas conhecem-Me, do mesmo modo que o Pai Me conhece e Eu conheço o Pai; Eu dou a minha vida pelas minhas ovelhas. Tenho ainda outras ovelhas que não são deste redil e preciso de as reunir; elas ouvirão a minha voz e haverá um só rebanho e um só Pastor. Por isso o Pai Me ama: porque dou a minha vida, para poder retomá-la. Ninguém Ma tira, sou Eu que a dou espontaneamente. Tenho o poder de a dar e de a retomar: foi este o mandamento que recebi de meu Pai».


“CARNEIRADA”?
Hoje em dia as imagens do rebanho e do pastor perderam um pouco da sua beleza, pois ninguém quer ser ovelha e todos sonham ser pastores; líderes seguidos pelas multidões. Mas é bom que não acreditemos demasiado na nossa autonomia e independência: todos nós temos vários “pastores”, que nos guiam, condicionam e influenciam!

(Mesmo aqueles que não querem pertencer à “carneirada”, acabam inevitavelmente por fazer parte do grande rebanho de todos aqueles que não querem estar no rebanho.... e são guiados por pastores também.)

Podem ser as expectativas das pessoas que nos rodeiam, os modelos sociais que a comunicação social nos propõe, ou simplesmente a educação que recebemos dos nossos pais, mas de alguma forma, todos nós estamos onde estamos (e somos como somos) porque alguém nos conduziu até aqui. Por isso é importante que nos perguntemos: quem andamos a seguir? Quem é o nosso pastor?

No evangelho desta semana Jesus é apresentado como um pastor especial, diferente de todos os outros. Os pastores mercenários guiam o rebanho em troca de algo e procuram o próprio interesse. Cristo é o pastor disposto a dar a vida pelas ovelhas; capaz de tudo pelo bem do seu rebanho. Essa é a grande diferença que caracteriza o bom pastor. Ele não quer vender as suas ideias ou ganhar a nossa admiração, mas apenas procura o nosso bem.

Deus não me ama porque eu sou bom, mas amando-me torna-me bom.
Deus não me ama porque quer a minha adoração. Ama-me porque não consegue não amar-me. Ele é o Amor! Um amor puro, gratuito e doado sem condições.

Fazer parte do rebanho de Cristo não significa renunciar à própria inteligência ou abdicar do próprio poder de decisão. Fazer parte deste rebanho significa escolher. Escolher com consciência, com liberdade, com maturidade! Significa seguir Cristo. Deixar que Ele seja o nosso modelo, o nosso ideal... o nosso pastor.

(Tenham uma boa semana!)


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