sábado, 16 de janeiro de 2010

II DOMINGO DO TEMPO COMUM (ano C)



Leitura do Livro de Isaías
(Is 62,1-5)
Por amor de Sião não me calarei, por amor de Jerusalém não terei repouso, enquanto a sua justiça não despontar como a aurora e a sua salvação não resplandecer como facho ardente. Os povos hão-de ver a tua justiça e todos os reis a tua glória. Receberás um nome novo, que a boca do Senhor designará. Serás coroa esplendorosa nas mãos do Senhor, diadema real nas mãos do teu Deus. Não mais te chamarão «Abandonada», nem à tua terra «Deserta», mas hão-de chamar-te «Predilecta» e à tua terra «Desposada», porque serás a predilecta do Senhor e a tua terra terá um esposo. Tal como o jovem desposa uma virgem, o teu Construtor te desposará; e como a esposa é a alegria do marido, tu serás a alegria do teu Deus.


SALMO RESPONSORIAL – Salmo 95 (96)
Refrão: Anunciai em todos os povos as maravilhas do Senhor.

Cantai ao Senhor um cântico novo,
cantai ao Senhor, terra inteira,
cantai ao Senhor, bendizei o seu nome.

Anunciai dia a dia a sua salvação,
publicai entre as nações a sua glória,
em todos os povos as suas maravilhas.

Dai, ó Senhor, ó família dos povos,
dai ao Senhor glória e poder,
dai ao Senhor a glória do seu nome.

Adorai o senhor com ornamentos sagrados,
trema diante d’Ele a terra inteira;
dizei entre as nações: «O Senhor é Rei»,
governa os povos com equidade.


Leitura da primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios
(1 Cor 12,4-11)
Irmãos: Há diversidade de dons espirituais, mas o Espírito é o mesmo. Há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. Há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que realiza tudo em todos. Em cada um se manifestam os dons do Espírito para o bem comum. A um o Espírito dá a mensagem da sabedoria, a outro a mensagem da ciência, segundo o mesmo Espírito. É um só e o mesmo Espírito que dá a um o dom da fé, a outro o poder de curar; a um dá o poder de fazer milagres, a outro o de falar em nome de Deus; a um dá o discernimento dos espíritos, a outro o de falar diversas línguas, a outro o dom de as interpretar. Mas é um só e o mesmo Espírito que faz tudo isto, distribuindo os dons a cada um conforme Lhe agrada.


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
(Jo 2,1-11)
Naquele tempo, realizou-se um casamento em Caná da Galileia e estava lá a Mãe de Jesus. Jesus e os seus discípulos foram também convidados para o casamento. A certa altura faltou o vinho. Então a Mãe de Jesus disse-Lhe: «Não têm vinho». Jesus respondeu-Lhe: «Mulher, que temos nós com isso? Ainda não chegou a minha hora». Sua Mãe disse aos serventes: «Fazei tudo o que Ele vos disser». Havia ali seis talhas de pedra, destinadas à purificação dos judeus, levando cada uma de duas a três medidas. Disse-lhes Jesus: «Enchei essas talhas de água». Eles encheram-nas até acima. Depois disse-lhes: «Tirai agora e levai ao chefe de mesa». E eles levaram. Quando o chefe de mesa provou a água transformada em vinho, – ele não sabia de onde viera, pois só os serventes, que tinham tirado a água, sabiam – chamou o noivo e disse-lhe: «Toda a gente serve primeiro o vinho bom e, depois de os convidados terem bebido bem, serve o inferior. Mas tu guardaste o vinho bom até agora». Foi assim que, em Caná da Galileia, Jesus deu início aos seus milagres. Manifestou a sua glória e os discípulos acreditaram n’Ele.


A MINHA HORA
O comentário desta semana é escrito, literalmente, no céu, durante o voo que me leva de novo para Itália, depois de alguns dias passados em Portugal.

O Evangelho deste domingo fala-nos do primeiro milagre realizado por Jesus; o primeiro sinal que revela a sua glória e a sua identidade messiânica.

O episódio das bodas de Caná “funcionaria” tranquilamente sem a menção da presença da mãe de Jesus e sem a descrição do pequeno diálogo entre os dois. Aliás, todo este trecho “trava” o ritmo da história: se a intenção de João era contar apenas o milagre da transformação da água em vinho, bastaria narrar o momento em que este falta e daí, saltar directamente para a descrição das talhas de pedra e das instruções dadas por Jesus aos serventes.

Para João o elemento mais importante não é o milagre em si. O diálogo entre Jesus e a sua mãe serve para introduzir aquele que será um dos temas centrais do Evangelho joanino: o tema da hora.

Mas se esta não é a “hora”, então quando? Quando é que, na obra de João, chega finalmente a hora de Jesus?

Se lemos o quarto evangelho de seguida, como quem lê um romance, conseguimos “saborear” a tensão que aumenta à medida que esse momento se aproxima. No episódio deste domingo (que se encontra no segundo capítulo e marca o início da missão de Jesus), João menciona a “hora”, o tempo em que a glória de Deus se manifestará completamente. Depois de um crescendo emotivo (e não só) digno dos melhores escritores da literatura mundial, no décimo sétimo capítulo (que convido todos a ler na íntegra ainda hoje), João sacia a sede dos seus leitores e coloca, finalmente, estas palavras na boca de Jesus:

«Pai, chegou a hora! Manifesta a glória do teu Filho, de modo que o Filho manifeste a tua glória, segundo o poder que lhe deste sobre toda a Humanidade, a fim de que dê a vida eterna a todos os que lhe entregaste. Esta é a vida eterna: que te conheçam a ti, único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem Tu enviaste. Eu manifestei a tua glória na Terra, levando a cabo a obra que me deste a realizar. E agora Tu, ó Pai, manifesta a minha glória junto de ti, aquela glória que Eu tinha junto de ti, antes de o mundo existir».

Dentro de minutos vamos aterrar no aeroporto de Milão. Tenho de desligar o portátil. Uma boa semana para todos.


Projecto HAITI

Os missionários scalabrinianos estão presentes há vários anos na República do Haiti, na diocese de Port-au-Prince, com um projecto no bairro de Croix-de-Bouquets, que inclui um seminário propedêutico, uma clínica, uma escola para 450 estudantes, uma quinta agrícola e uma série de estruturas ao serviço da Conferência Episcopal Haitiana e de inúmeros projectos de formação para jovens e leigos.

Neste momento dispomos apenas de notícias fragmentárias e não é possível avaliar a dimensão dos danos provocados pelo terramoto do passado dia 13.

Todos aqueles que quiserem auxiliar a população local e apoiar os missionários scalabrinianos presentes no Haiti podem fazê-lo através de doações a uma das seguintes contas bancárias:


Agenzia Scalabriniana per Cooperazione allo Sviluppo (ASCS Onlus)
Cassa di Risparmio di Padova e Rovigo – San Paolo IMI - Bassano del Grappa (VI)
IBAN: IT90 D062 2560 1601 0000 0000 476
Código BIC: IBSPITZP


Casa Generalizia della Congregazione dei Missionari di San Carlo – Scalabriniani
Banca Intesa SPA, Filiale n. 1684 – Roma Monteverde
IBAN: IT60 P030 6905 0780 0000 0020 427
Código BIC: BCITITMM729 – conta número: 204 / 27
Causal: fundo assistência Haiti.


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2 comentários:

Anónimo disse...

Pre.Carlos e em Peniche, como podemos fazer?

Basta seguir os números e as indicações que nos deixa?

Um santo Domingo

Fátima Pereria

C disse...

Em princípio, não precisam de mais nada.

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