quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

2º DOMINGO DO TEMPO COMUM (ano A) - Dia Mundial do Migrante e do Refugiado

Leitura do Livro de Isaías
(Is 49,3.5-6)
Disse-me o Senhor: «Tu és o meu servo, Israel, por quem manifestarei a minha glória». E agora o Senhor falou-me, Ele que me formou desde o seio materno, para fazer de mim o seu servo, a fim de lhe reconduzir Jacob e reunir Israel junto d’Ele. Eu tenho merecimento aos olhos do Senhor e Deus é a minha força. Ele disse-me então: «Não basta que sejas meu servo, para restaurares as tribos de Jacob e reconduzires os sobreviventes de Israel. Vou fazer de ti a luz das nações, para que a minha salvação chegue até aos confins da terra».


SALMO RESPONSORIAL – Salmo 39(40)
Refrão: Eu venho, Senhor, para fazer a vossa vontade.

Esperei no senhor com toda a confiança
e Ele atendeu-me.
Pôs em meus lábios um cântico novo,
um hino de louvor ao nosso Deus.

Não Vos agradaram sacrifícios nem oblações,
mas abristes-me os ouvidos;
não pedistes holocaustos nem expiações,
então clamei: «Aqui estou».

«De mim está escrito no livro da Lei
que faça a vossa vontade.
Assim o quero, ó meu Deus,
a vossa lei está no meu coração».

Proclamei a justiça na grande assembleia,
não fechei os meus lábios, Senhor, bem o sabeis.
Não escondi a vossa justiça no fundo do coração,
proclamei a vossa fidelidade e salvação.


Início da primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios
(1 Cor 1,1-3)
Irmãos: Paulo, por vontade de Deus escolhido para Apóstolo de Cristo Jesus e o irmão Sóstenes, à Igreja de Deus que está em Corinto, aos que foram santificados em Cristo Jesus, chamados à santidade, com todos os que invocam, em qualquer lugar, o nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso: A graça e a paz de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo estejam convosco.


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
(Jo 1,29-34)
Naquele tempo, João Baptista viu Jesus, que vinha ao seu encontro, e exclamou: «Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. Era d’Ele que eu dizia: “Depois de mim virá um homem, que passou à minha frente, porque existia antes de mim”. Eu não O conhecia, mas para Ele Se manifestar a Israel é que eu vim baptizar em água». João deu mais este testemunho: «Eu vi o Espírito Santo descer do Céu como uma pomba e repousar sobre Ele. Eu não O conhecia, mas quem me enviou a baptizar em água é que me disse: “Aquele sobre quem vires o Espírito Santo descer e repousar é que baptiza no Espírito Santo”. Ora eu vi e dou testemunho de que Ele é o Filho de Deus».


BOA NOTÍCIA
Na Igreja ninguém é estrangeiro
No próximo domingo, dia 15 de Janeiro, celebramos a 103a Jornada Mundial dos Migrantes e Refugiados. Nas leituras da missa encontraremos várias ideias em perfeita sintonia com esta jornada, tal como neste parágrafo da primeira leitura, onde Deus exclama: «Não basta que sejas meu servo, para restaurares as tribos de Jacob e reconduzires os sobreviventes de Israel. Vou fazer de ti a luz das nações, para que a minha salvação chegue até aos confins da terra».

A missão confiada por Deus Pai não se limita a um só povo. Seria pouco... Na realidade, o projecto é maior, mais exigente, mas também, infinitamente mais bonito. Somos chamados a ser «luz das nações» e a Salvação deverá chegar «até aos confins da terra». Tal como dizia o escritor hebreu André Chouraqui: «O povo da Aliança está destinado a tornar-se o instrumento da Aliança dos povos».

Graças ao fenómeno migratório, cada vez mais paróquias (principalmente, nas grandes cidades) experimentam a realidade de uma assembleia heterogénea: onde antigamente predominava uma só língua e sensibilidade religiosa, hoje vemos uma diversidade colorida de tradições e costumes, símbolo da renovação (anunciada) da face da Terra.

No entanto, o caminho da comunhão na diversidade não é isento de tensões e dificuldades. Por vezes, medos e preconceitos fecham as portas das nossas comunidades... A Jornada Mundial dos Migrantes e Refugiados é uma ocasião para recordarmos que a união de todos os povos em Jesus Cristo faz parte da missão da Igreja. Não nos esqueçamos que somos chamados a construir pontes e não a erguer muros! Recordemo-nos que na Igreja ninguém é estrangeiro: somos todos filhos e filhas de Deus!

P. Carlos Caetano
in LusoJornal 2017.01.11





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